Como é Ciclo da violência doméstica
- Jannayna Lima
- 24 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

A gente sabe que nem todo relacionamento disfuncional é abusivo, mas é importante entender que o R.A. tem uma crescente de violência e que por vezes esse escalonamento termina em morte. E é pra evitar chegar nesse ponto, ou até antes, na agressão física, na agressão sexual, que precisamos saber o que caracteriza um Relacionamento Abusivo.
Leonore Walker, uma psicóloga americana, verificou que as agressões cometidas em um contexto de R.A. ocorrem em um ciclo que é composto de três fases:
1- Aumento da tensão
2- Ato de violência
3- Lua de mel
Na fase um, o agressor fica tenso e muito irritado com tudo, costuma ser uma fase de ameaças e microagressões. Aqui a vítima costuma “pisar em ovos” na tentativa de evitar qualquer comportamento que possa desagradá-lo. Essa fase pode durar dias ou anos, mas a tensão é crescente, podendo levar à fase 2.
Na fase seguinte, toda a tensão acumulada na fase 1 se materializa em agressão verbal, psicológica, moral, física... Nessa fase a mulher consegue perceber o contexto de violência que vive e consegue tomar algumas atitudes: separa, se esconde na casa de amigos e parentes, ou faz denúncia. Normalmente é uma fase de afastamento do agressor.
Na fase 3, o agressor está longe da vítima e vai fazer de tudo pra que ela volte e para isso ele se fantasia de príncipe encantado e se torna amável e amoroso, como no início do relacionamento. Aqui a mulher se sente feliz por perceber que ele se esforça e muda de atitude. Até que ele não se sinta mais em risco e volta a fase 1 novamente.
Esse ciclo é extremamente perigoso para mulheres, pois ele proporciona uma avalanche de sentimentos (falaremos disso no próximo post) e ela não se percebe em risco. O risco é real, pois o ciclo é dinâmico! A fase 2 que é da violência em si, é crescente: Primeiro é um grito, depois um empurrão, depois você fica trancada em casa... Mas como logo em seguida a fase da lua de mel chega, você conclui que fez algo de errado e como já dizia Chico Buarque: mas eis que chega a roda viva...
Que a gente entenda os ciclos
Que a gente saia deles
Que a gente não entre neles.
Esse ciclo, embora envolva uma avalanche de sentimentos para a vítima, muitas vezes não é percebido como um risco real, já que a lua de mel sucede a fase de violência. Contudo, é vital compreender a dinâmica perigosa desse ciclo. Se você se encontra nesse cenário desafiador, a terapia oferece um ambiente acolhedor para explorar essas complexidades, compreender as dinâmicas emocionais e encontrar caminhos para romper com esse ciclo.
Estou aqui para apoiar e orientar sua jornada de fortalecimento e recuperação emocional.
Não hesite em dar esse passo em direção ao seu bem-estar.
Jannayna P. Lima
CRP 11/21116
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